sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Porque tem que doer?

Alguém me explica por que pra nascer dente tem que doer? Chega a ser judiação. Filho sofre, mãe sofre mais. 

Maria Vitória mais uma vez (bom, não é a primeira e não será a última) está passando a fase chata de ruptura do seu segundo dentinho. Gengiva inchada, muita babação e uma menininha irritadinha de dar dó. Noite passada foi uma luta daquelas....


1º round 21:10

Maria Vitória mega cansada mamou e dormiu. Dei a camomilina mais tarde e jurei que ela dormiria o sono dos anjos.

2º round 22:16


Maria Vitória  acorda chorando. A princípio achei que eram gases. A mamãe aqui pega no colo, nina. A pequena se debate um pouco mas dorme de novo.


3º round 23:45

A mamãe aqui se deita. Mal fecha os olhos e Maria Vitória chora. Irritada. Dessa vez dei “mamá”, ninei e coloquei de volta no berço. 



4º round 00:52

Maria Vitória  acorda. Resmunga. A mamãe aqui esperou um pouquinho pra ver se ela dormia de novo. Nada. Esperneou no berço. Chorou. Levantei. Peguei no colo. Dei o peito. Ela não mamou, apenas ficou ali massageando a gengiva. Acalmou. Ninei na cadeira de balanço. Cochilei enquanto ninava a pequena. Zzzzzzzzz. Acordei sei lá quanto tempo depois. Dor no pescoço. Dor nas costas. Voltei minha gordinha pro cantinho dela. 


5º round 02:36

Ahhhhhhhhhhhhhhh.... pois é. De novo. Incomodada. Inquieta. Lá vamos nós. Dei “mamá”. Mal pegou o peito e dormiu. Queria apenas um acalento. Esperei pra ver se mamava um pouquinho. Quase nada. Dormiu um sono leve. Ficou se remexendo no berço.


6º round 04:27


Não. Não. Não. Mil vezes não!!!! Acordou. Dessa vez animadíssima. Conversando sozinha no berço. “A-ba, a-da, a-ga, ó, ó, a-da”. Conversou um bocado. Cansou. Resmungou. Chorou. Eu zonza de sono. Peguei. Deitei a pequena super acesa comigo. Ela apertava meu nariz, ria, puxava meu cabelo, dava tapinhas no meu peito, balançava as perninhas e conversava “A-ba, a-da, a-ga, ó, ó, a-da”. Eu ri. Trágico se não fosse cômico. Uma hora depois ela dormiu. Eu morta, a coloquei no berço pra tentar descansar um pouquinho.

7º round 05:50

Jesus me dá forças! Peguei Maria Vitória, deitei comigo, tirei o peito e deixei ela mamando enquanto eu tentava cochilar. A carinha de alegria de minha menina quando deitei do seu ladinho e ofereci o peito pra ela não tem preço. Chegou a esticar as mãozinhas para puxar seu “mamá” pra perto e logo abocanhou. Mais uma vez não mamou. Apenas aconchego. Mordiscando meu peito e me dando tapinhas. Dormiu assim. Eu não. 



8º round 07:30

Acordou. Mamou. Dormiu. Ainda comigo. Foi enfim a hora que consegui tirar um soninho. Mais ou menos... Corpo doendo. Preocupada pra não rolar em cima da menina. Atenta pra não sufocar minha pequena. Um olho aberto o outro fechado. 


09:30 Maria Vitória  acordou... Serena e feliz. Eu falo “bom dia” e ela abre aquele sorrisão banguelo que me desmonta. Nessa hora, esqueço todo o sono e cansaço. 

A boa noticia: Maria Vitória  nessa fase não tem febre, não tem diarreia e nenhum outro sintoma a não ser a irritabilidade a noite. 

A outra notícia: Este é o segundo dentinho de Maria Vitória que está saindo... Agora só faltam 18. Oi??



sábado, 22 de setembro de 2012

Tempo... Tempo... Tempo...


O que acontece com o tempo que passa nessa velocidade avassaladora e nem nos dá a chance de curtir mais um pouquinho essa fase tão gostosa dos nossos bebês? A infância é o tempo mais curto de nossas vidas e o mais gostoso, não é uma injustiça?

As vezes me pergunto: "Como assim?"... Já sinto saudade de uma bebezinha pequenina de olhar esperto, chorinho manso, que dormia enroladinha num cueiro e cabia inteirinha no meu ante-braço até uns dias atrás. É, o tempo não perdoa. 

Minha menina... ah se eu pudesse o tempo parar. Passaria nossos dias em câmera lenta, decorando cada nova expressão sua. 

Queria eu poder sentir para sempre seu bafinho de leite, o cheirinho de seu pescocinho suado ao acordar, suas mãozinhas descoordenadas segurando meio peito enquanto mama, o calor de seu corpinho dormindo em meu colo... Coisas que sei que vou perder a medida que você cresce. Coisas que dentre tantas e tantas outras quero eternizar em minhas lembranças.

Ah tempo! Minha pequena cresce na velocidade da luz.. Uma menininha desabrochando para o mundo, descobrindo a vida... Uma mamãe encantada com cada descoberta, com cada olhar curioso de sua pequena. 

Pois é... Dona Maria Vitória já fez 5 meses. Que mágico é crescer! 


Cresça menininha, mas cresça bem devagarinho...

Não sou a única!!!


Sempre carreguei uma pontinha de culpa por ter tentado dar mamadeira a minha pequena para reduzir o meu cansaço a noite e ganhar uns minutinhos a mais de sono. Por várias vezes me peguei lembrando disso e senti como se estivesse, naquele momento, negando algo a ela que era de seu total direito. Como tudo é exatamente como tem que ser, não deu certo e mantive a amamentaçao exclusiva! 

Mas o grande "quê" da questão é que praticamente todas as mamães passam por isso num determinado momento. Hoje vasculhando a net me deparei com um artigo que fala sobre o assunto e o trouxe para compartilhar com vocês:

"O grande enigma da amamentação é o psicológico da mulher, principalmente no primeiro mês de vida do bebê, onde a vida da mãe é voltada exclusivamente para o seu filho. Ser mãe não é fácil, exige esforço, dedicação e abnegação. O fato de ter que amamentar “toda hora” desgasta física e mentalmente a mulher, exigindo esforço físico continuado, resultando em cansaço e carência de sono levando a mãe a pensar em parar de amamentar como forma de diminuir as tarefas da maternidade. Isto causa um sentimento ambíguo e contraditório oscilando entre o desejo de amamentar e o fardo que amamentar representa, anulando a vida e os compromissos da mãe. São esses pensamentos negativos que mais cansam a mulher (SAIFER,1992). Esse transtorno psicológico pode ser resolvido quando se criam condições para a mãe, por exemplo, ela pode dormir durante o dia, pelo menos uma hora, três vezes ao dia, deixando outra pessoa encarregada dos cuidados da casa e dos outros filhos, dando a ela condições de cuidar da saúde dela e do bebê (LANA, 2001). Quando necessário, a mãe pode fazer a ordenha do seu leite e armazenar na geladeira, podendo ela cuidar dos seus compromissos e seu filho ser alimentado com este leite num copinho (KING, 1998). A mãe deve ser lembrada que conforme passa o tempo as mamadas vão diminuindo, as mamadas noturnas vão rareando até desaparecer e os pensamentos negativos vão dando espaço à bons pensamentos e sensações agradáveis a mãe (SAIFER,1992). Outro fato desagradável para a mãe é o fato de vazar leite entre as mamadas, molhando a roupa e o cheiro de leite se tornar o seu perfume durante este período. Isto pode ser resolvido usando uma concha de silicone chamada cata-gotas dentro do sutiã, que coletará o leite que vaza ou também poderá ser utilizado um lenço que absorverá o leite escoado (LANA, 2001). As mães que conseguem superar essas dificuldades e que amamentam os seus filhos, tem menor grau de tristeza e depressão pós-parto. O vinculo emocional da amamentação é tão grande que sua auto-estima é elevada e a amamentação se torna motivo de orgulho (LANA, 2001). A amamentação proporciona uma experiência de ligação exclusiva e favorece a aquisição do papel materno. A mãe que amamenta sente-se realizada como mulher, estabelece relação profunda com seu filho: afeto e dependência, sente satisfação por dar algo de si: leite bom e fresco (CAMPESTRINI, 1992)."

Hoje, posso dizer que já estou neste estágio do realizada, feliz e plena amamentando!


segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O primeiro dentinho... 

Sim, alguma coisa estava acontecendo com minha pequenina...


Já há mais ou menos um mês Maria Vitória estava babando muito (muito mesmo) e mordendo tudo o que via pela frente. De repente seu sono mudou. Maria Vitória passou a acordar chorosa e irritadinha no meio da noite e resmungava durante a mamada. De dia estava mais nervosinha, querendo só o colinho da mamãe aqui. Parecia estar incomodada com algo. Pensei que era por causa do “tal”, mas o resfriado foi embora e toda a irritação que ela estava continuou. 



Maria Vitória é muito boazinha e aquilo estava me preocupando. Então para descartar a possibilidade de ser alguma outra coisa resolvi levá-la para uma consulta. Peitinho limpo. Nada na garganta. Ouvidos clarinhos. Mas um detalhe chamou atenção: Gengiva inchada. 

Dente? Imagina! Maria Vitória ainda está muito novinha pra ter dente... blá blá blá. Pois é... mero engano! 

Na última semana do quarto mês, eis que surge o incisivo central inferior (esquerdo)... uma pequena pontinha branca rompendo a gengiva e explicando o novo comportamento de Maria Vitória.


Confesso que fiquei com certo pesar. Minha menininha, tão neném, está crescendo numa velocidade louca... Por que é que o tempo tem que passar assim tão depressa? Me senti tão impotente. Queria poder parar o tempo...


Mas, enfim. Que eu tenha sempre sabedoria para curtir da melhor forma todos os momentos e guardar as lembranças de cada progresso de minha filha.

E deixando um pouco minha antecipada nostalgia de lado... Tempos de festa! Parabéns a minha pequenininha por seu primeiro dentinho! Mamãe vai procurar um bom ângulo para registrar e postar aqui.


domingo, 9 de setembro de 2012

Maria Vitória marombeira...

Olha aí minha pequena marombeira em sua série de flexões de braço!!! 
Posso com isso?! Rsrsrs


quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Maria Vitória e a mamãe aqui (Parte V)

Descobertas e desafios do 5º mês 

Maria Vitória...

Está conhecendo novos sabores e texturas dos alimentos
Adora banana
Continua mamando igual uma bezerrinha
Faz caminhãozinho com a boca
Repete exaustivamente o mesmo som, principalmente vogais e tem descoberto novas silabas “dá.. dá”
Fica sentada sozinha por um tempinho
Já consegue acompanhar objetos bem pequenos em movimento
No colo fica “pulando” o tempo todo e dá uma canseira danada na gente
É muito observadora
Expressa emoções como alegria, tédio e irritação 
Interage quando conversamos, brincamos, fazemos careta ou sorrimos


A mamãe aqui...

Hoje está completando 35 anos de muita felicidade (graças a Deus!)
Travou as costas de tanto carregar a pequenina
Acorda com a música da galinha pintadinha na cabeça
É coruja ao extremo e acha sua pequena um prodígio (mas isso toda mãe acha não é mesmo?)
Se lembra de como foi com a filha mais velha a cada nova descoberta e revive esses momentos

Esta mais tranqüila com relação a uma porção de coisas
Ama ouvir elogios sobre o desenvolvimento de sua pequena
Voltou a usar batom vermelho e esmalte azul kkkkkkkk



sábado, 1 de setembro de 2012

Quero dormir com você...


São 5:15 da manhã... Maria Vitória acordou as 3:45 com nariz entupido. Fui lá, a acalmei e enquanto eu estava na beira do berço acariciando o cabelinho dela, ela dormia, mas era só eu sair que chorava... Isso se repetiu umas três vezes.

Trouxe a pequena para minha cama e desde então ela se revira de um lado para o outro sem me deixar dormir. Eu podia estar desesperada de sono, como já aconteceu antes, mas tenho notado que algumas vezes a única coisa que ela quer é ficar pertinho. 

Ela veio para minha cama, não ficou com vontade de ''mamar", apenas se deitou coladinha em mim. Tentei me desgrudar um pouquinho, mas ela voltou e deitou o rostinho em cima do meu... Ela só queria ficar ali, juntinho, sentindo minha respiração... 

Me lembrei de quantas vezes eu fiz isso quando criança, indo para a cama dos meus pais. Nunca por birra, nem por manha, apenas por querer sentir o calor e aconchego deles. 

Então, por que não, né? Isso passa tão depressa! Me colei em minha menininha e agradeci a Deus por poder desfrutar este momento... 

Tudo bem que agora estou aqui sem conseguir dormir, mas me diz se não tem o lado bom?! Rsrs