Ser mãe de meninas..

Sempre me achei meio moleque. Quando criança gostava de brincadeiras de pegar, de esconder e de aventuras. Claro que eu tinha meus momentos de brincar de boneca e casinha, mas o grande barato mesmo era me arriscar pulando e correndo com os amiguinhos do prédio onde eu morava. 

Hoje me surpreendo com minha essência "menininha" gritando aos berros para sair do esconderijo onde eu a havia guardado por tanto tempo. Ter uma mocinha de 17 anos e uma menininha de cinco meses em casa reascendeu em mim o valor de algumas coisas que só uma menina sabe o que é! 

Adorava quando a Mari pegava seu pentinho e passa no meu cabelo dizendo "bêbê" (cabelo) ou quando tirava o lacinho de sua cabeça e tenta colocar na minha... Tão gostoso fazer as unhas com a Mari e a Vivi atenta e curiosa pegando a lixa e os esmaltes. 

Ontem, saí para comprar uma sapatilha para a Mari e não resisti quando vi uma sapatilha mãe/filha... Fiquei parecendo criança que ganha doce! Rs.

Olha só o que eu achei....

Olha só o que eu achei....

Direto do túnel do tempo

O pézinho da minha Mari ao nascer.... Só pra constar, hoje ela calça 36...

É ... Os filhos crescem!

Chupeta sim ou não? Eis a questão...

Mesmo antes de Maria Vitória nascer comprei duas chupetinhas para a pequena. Nunca tive nada contra chupetas apesar de um monte de gente falar um monte de coisas. Minha filha mais velha chupou chupeta. Não me deu trabalho para largar, não tem dentes tortos, enfim... Chupetinha para Maria Vitória. 

Comprei vários modelinhos de marcas diferentes. Ortodônticas, Fisiológicas. Silicone, látex. Da mais fuleira a mais cara e nada! Não era para menos, mamando exclusivamente no peito, aquele certamente era um material estranho e frio em sua boquinha. Nossas tentativas chegavam a ser engraçadas. Maria Vitória cuspia a chupeta com força na maior altura, tossia, virava o rostinho. 

Não que eu tivesse a fixação de enfiar a chupeta na menina. Longe disso. Sou contra criança que passa o dia todo com chupeta na boca. Tenho pavor de mãe que a criança chora e a chupeta entra no lugar no carinho e do consolo. Mas em algumas horas eu sentia falta sim. Maria Vitória muitas vezes fica irritadinha para dormir. Está cansada, já mamou um bocado e briga com o sono, mesmo no colinho, cheia de carinho e atenção. Sempre pensei que essa seria uma boa hora para a “pepêta”. 

Mas, cada um é cada um e minha menininha não se agradou muito do tal apetrecho bocal. Porém olha só a novidade da semana... alguém descobriu uma chupetinha muito gostosa...
E a mamãe aqui, o que faz agora??? rsrsrs

Ah... quando falo da chupeta, não uso de nenhum embasamento cientifico, pra ser sincera nunca fui atrás de nenhuma teoria sobre os pós e contras da chupeta. É apenas minha visão materna e pouco experiente da coisa! 

Ser mãe! 

Ser mãe não é apenas carregar no ventre, por alguns meses, um óvulo fecundado! Ser mãe não é somente passar pela dor cruciante de trazer um filho ao mundo! Ser mãe não é simplesmente dar o alimento, vestir e cuidar do físico e dos estudos! 

Ser mãe não é embonecar uma criança, fazendo dela um enfeite, um “bibelô”! Ser mãe é muito mais do que isso! Ser mãe é dividir o que se tem, sempre priorizando os filhos; Ser mãe é cuidar, amar, amar e amar!

Ser mãe é depender da graça de Deus dia após dia, hora após hora, minuto após minuto; Ser mãe é estar na dependência total do Deus Maravilhoso que não falta nunca, que sempre nos protege e nos ampara; 

Ser mãe é se sentir abençoado por ter recebido do Senhor o privilégio de tomar conta de um pequeno ser; 

 

Ser mãe é ver o seu amor imperfeito comparado ao perfeito amor do grande Deus. Ser mãe é envelhecer sorrindo; Mesmo na solidão do ninho que ficou vazio; Porque sabe que cumpriu a sua parte; E o que faltou, o Pai celeste completará; Pois dele vem a promessa: 

“Não temas, pois Eu estou contigo em todo momento”. Ser mãe é ser feliz somente por ser mãe!

Aqui em casa tem uma menininha que...

• Apoia peso nas perninhas, dá uma bambeada, perde o apoio e quer fazer de novo

• Nos recebe com sorrisos quando chegamos

• Estica o braço para pegar objetos

• Se deixada de barriguinha para cima em seu tapetinho de atividades, logo se vira de bruços

• Quando deitada levanta a cabeça num ângulo de 45 graus e a mamãe aqui jura que ela vai sair fazendo abdominais

• Brinca com as mãos e os pés e pode até passar alguns minutos se distraindo com eles 

• É muito curiosa e se vira na direção de barulhos novos

• Depois que descobriu que consegue ficar um pouquinho sentada sem apoio quer ficar só assim

• Vive fazendo bolinhas de cuspe com a boca e faz "bu-bu"

• Estica o braço para pegar tudo o que vê pela frente e logicamente, leva tudo diretinho para a boca

• Já se mostra cheia de vontades

• Sabe fazer um beicinho para ganhar o que quer

• Faz carinho e dá beijinhos e abraços

... aqui em casa tem uma menininha que cresce cheia de graça!!

Quatro meses! Viva!

Maria Vitória está quase completando quatro meses... 

Um maravilhoso presente de quatro meses. Uma nova energia que nos contagia há quatro meses. Esperanças renovadas dia após dia há quatro meses. Alegria que só aumenta há quatro meses. 

“Você é meu amorzinho... você é meu amorzão... você é o tijolinho que faltava na minha construção...”

Sim minha filha, nossa família precisava de você...

Minha Mari, minha filha, minha vida...

Me tornar mãe da Mariana aos 17 anos, foi algo inexplicável .. Crescemos juntas! E foi assim.. M

uito mais que uma filha... Uma amiga, uma irmã, um companheira...

 Sempre choro quando vejo fotos da infância da minha filha. Dia desses passei horas revendo fotos e revivendo em minha memória aqueles momentos tão mágicos registrados.

Que saudade eu sinto da minha filha pequena correndo pela casa, colando beijos com suas mãozinhas, sorrindo sem dente, gritando "ôh mamãe" a todo minuto. 

Tantas e tantas lembranças me passam pela cabeça... Quanta saudade eu sinto do tempo em que ela cabia todinha no meu abraço. 

Filhos crescem de um momento para outro. De repente aquela coisinha mais querida do mundo amanhece cheia de vontades e opiniões. Sim, uma mulher! 

Como é contraditório o sentimento de ver um filho crescer. Não posso negar que o coração aperta ao ver que cada vez mais suas asinhas crescem para voos mais distantes, mas ao mesmo tempo fico feliz com suas conquistas, com sua independência, com sua postura madura e digna em relação a vida.