sexta-feira, 4 de maio de 2012

Rotina do amor..


Demorou um pouquinho até que eu e Maria Vitória estabelecêssemos uma rotina diária. 

No inicio fiquei um pouco apreensiva, sentia como se não estivesse dando conta do recado. Era complicado estabelecer uma rotina. Toda literatura que eu lia falava da importância da rotina e acho realmente que estabelecer horários para o bebê é necessário. 

O que muitas vezes os livros deixam de mencionar é que cada bebê tem seu tempinho. As coisas não acontecem de uma hora para outra. E olha que eu tentei isso desde o primeiro dia que Maria Vitória chegou. Dava banho, colocava pra dormir sempre nos mesmos horários, mantinha os mesmos hábitos, porém as mamadas ainda eram muito irregulares. 

Maria Vitória mamou por bons dias de duas em duas horas, as vezes o intervalo não chegava nem a duas horas. Depois começou a variar entre duas e três horas e essas mudanças bagunçavam nosso esqueminha de rotina. A mamãe aqui também estragava as coisas de vez em quando. Um chorinho por qualquer motivo e logo eu a colocava no peito. Já disse e repito: Ser mãe novamente depois de 17 anos é ser uma mãe meio desatualizada!


Mas a medida que os dias passavam eu compreendia melhor as necessidades de minha menininha, atendia com maior eficácia. Assim, aos poucos fomos organizando a casa.

Hoje nossa linda rotina de amor funciona assim: 


Mamadinha bem cedinho... mais um coxilinho do ladinho da mamãe pra espantar a preguiça... acorda alegrinha... banho de sol.. mama... soninho do meio da manhã... banho com direito a musiquinhas... mama... fica com a mamãe esparramada no colchão... dorme mais um soninho... mama... passeio no jardim... banho relaxante com direito a massagem e essência de camomila... mama... dá uma última mamadinha (que na verdade é uma “chupetadinha”) e dorme gostoso no colinho da mamãe ao som de musiquinhas sussurradas e inventadas na hora.



Sim, eu faço dormir no colinho e AMO!
Certo ou errado não sei... apenas pratico o amor da forma como ele brota em meu coração... 

Filhos crescem muito rápido, olho para a minha mais velho e ainda sinto saudade dos tempos em que ele cabia no meu colinho. Chega o tempo em que são eles que não querem mais, tornam-se independentes, criam asas e ganham o mundo (e acredite, este tempo chega bem mais depressa do que imaginamos).

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