Mãe maravilhosa... Eu?!
Muitas vezes quando recebo elogios sobre minha forma de “maternar” confesso que fico um tanto quanto reflexiva sobre isso...
Obviamente me esforço para ser a melhor mãe que eu posso, mas estou longe de ser a super mãe maravilha.
Tenho meus inúmeros defeitos e como toda boa mãe que se preze carrego boas toneladas de culpa. Culpa por ter chamado atenção, culpa por não ter chamado atenção. Culpa por achar que poderia ter feito algo diferente. Culpa por ter feito diferente. Culpa por sentir falta de qualquer cinco minutos de total inatividade. Culpa por ter achado que não dei atenção suficiente. Culpa por muitas vezes não ter a paciência que eu gostaria. Culpa por ter me irritado. Culpa por mimar. Culpa por dar limites. Culpa por me sentir cansada. Culpa... Culpa... Culpa...
Sou mãe, amo demais (demais mesmo), mas sou humana.
Ser mãe em tempo integral é maravilhoso sim, mas a rotina cansa. O desgaste é enorme e minha cobrança interior agrava um pouquinho a situação. Como posso me sentir cansada e cheia de culpa se estou tão feliz? Que tipo de mãe eu sou então?
Tenho vivido um tempo de sentimentos contraditórios, de emoções afloradas. Ao mesmo passo que vivo a alegria plena de ter filhas lindas em casa e o privilégio de poder me dedicar full time a este momento, ando num resgate constante do meu eu que ficou perdido em algum lugar desde o dia em que dei a luz.
Como mãe sou forte, cuido, me desdobro. Como mulher tenho me sentido fraca, precisando ser cuidada e me desmancho. E mais uma vez vem a culpa.
Sinto-me literalmente dividida. De um lado a mãe feliz, realizada, completa e num segundo plano, a mulher que um dia eu fui e que anseia renascer. Em hipótese alguma isso significa que eu esteja infeliz. Eu apenas gostaria de ter mais tempo para viver as duas coisas com a mesma intensidade.
O dia passa e eu nem vejo. Fiz tanta coisa e parece que não fiz nada. Louca eu? (risos)...
O mais engraçado de tudo é que quando para pra pensar na “gravidade” dos meus sentimentos contraditórios tudo perde o sentido. Porque no fundo eu sei o quanto esse tempo passa rápido e o quanto ainda vou sentir saudades dessa fase.
Em muitas e muitas conversas com outras mamães, percebo que não sou a única a passar por isso. Menos mal! O fato é, porque quase ninguém compartilha isso na blogosfera materna? Queria muito saber como vocês tem se sentido também... Cada uma com seu jeitinho e eu com meu Jeitinho Elisa de Ser Mãe que é a melhor coisa que faço em minha vida, sou imensamente grata a Deus por isso todos os dias!
P.S - Eu aqui escrevendo, paro, e vejo a Mari com a Maria Vitória no colo, paro e penso: Vale a pena demais!