segunda-feira, 23 de abril de 2012

Mãe maravilhosa... Eu?!

Muitas vezes quando recebo elogios sobre minha forma de “maternar” confesso que fico um tanto quanto reflexiva sobre isso... 


Obviamente me esforço para ser a melhor mãe que eu posso, mas estou longe de ser a super mãe maravilha. 


Tenho meus inúmeros defeitos e como toda boa mãe que se preze carrego boas toneladas de culpa. Culpa por ter chamado atenção, culpa por não ter chamado atenção. Culpa por achar que poderia ter feito algo diferente. Culpa por ter feito diferente. Culpa por sentir falta de qualquer cinco minutos de total inatividade. Culpa por ter achado que não dei atenção suficiente. Culpa por muitas vezes não ter a paciência que eu gostaria. Culpa por ter me irritado. Culpa por mimar. Culpa por dar limites. Culpa por me sentir cansada. Culpa... Culpa... Culpa...


Sou mãe, amo demais (demais mesmo), mas sou humana. 

Ser mãe em tempo integral é maravilhoso sim, mas a rotina cansa. O desgaste é enorme e minha cobrança interior agrava um pouquinho a situação. Como posso me sentir cansada e cheia de culpa se estou tão feliz? Que tipo de mãe eu sou então?

Tenho vivido um tempo de sentimentos contraditórios, de emoções afloradas. Ao mesmo passo que vivo a alegria plena de ter filhas lindas em casa e o privilégio de poder me dedicar full time a este momento, ando num resgate constante do meu eu que ficou perdido em algum lugar desde o dia em que dei a luz.

Como mãe sou forte, cuido, me desdobro. Como mulher tenho me sentido fraca, precisando ser cuidada e me desmancho. E mais uma vez vem a culpa. 

Sinto-me literalmente dividida. De um lado a mãe feliz, realizada, completa e num segundo plano, a mulher que um dia eu fui e que anseia renascer. Em hipótese alguma isso significa que eu esteja infeliz. Eu apenas gostaria de ter mais tempo para viver as duas coisas com a mesma intensidade. 

O dia passa e eu nem vejo. Fiz tanta coisa e parece que não fiz nada. Louca eu? (risos)...

O mais engraçado de tudo é que quando para pra pensar na “gravidade” dos meus sentimentos contraditórios tudo perde o sentido. Porque no fundo eu sei o quanto esse tempo passa rápido e o quanto ainda vou sentir saudades dessa fase.

Em muitas e muitas conversas com outras mamães, percebo que não sou a única a passar por isso. Menos mal! O fato é, porque quase ninguém compartilha isso na blogosfera materna? Queria muito saber como vocês tem se sentido também... Cada uma com seu jeitinho e eu com meu Jeitinho Elisa de Ser Mãe que é a melhor coisa que faço em minha vida, sou imensamente grata a Deus por isso todos os dias! 




P.S - Eu aqui escrevendo, paro, e vejo a Mari com a Maria Vitória no colo, paro e penso: Vale a pena demais!

domingo, 22 de abril de 2012

Minha princesinha.. 

Que maravilhoso é poder viver seu crescimento minha menina. Não me canso de te olhar, reparar em cada detalhe seu e te decorar... Você que tão pequenina desperta em mim um amor tão grande. Tão desejada, tão esperada, presente maravilhoso de Deus!


sábado, 21 de abril de 2012

Serenata de amor...

Noite passada, deitei em um colchão na sala, lugar onde antes havia uma mesinha de centro (casa que tem bebê ganha nova decoração), e coloquei Maria Vitória em cima da minha barriga.

De repente para nossa surpresa o papai chegou com seu violão nas mãos, se sentou com a gente e começou a tocar cantigas infantis. Logo me empolguei e cantamos juntos para nossa pequena musiquinhas tiradas do fundo do baú de nossas memórias. O pato, Aquarela, Ciranda Cirandinha, Se esta rua fosse minha... Até que mandamos bem no repertorio!!
Maria Vitória ficou quietinha, prestando atenção como se compreendesse a riqueza daquele momento. Nós três ali num delicioso circulo de amor. 


Por várias vezes pensei em me levantar para pegar a máquina fotográfica, mas quebrar aquela harmonia seria realmente um crime. Preferi eternizar essa lembrança em meu coração e registrá-la aqui. Daqui um tempo contarei para nossa menina numa dessas historinhas que começam assim: “quando você era pequenininha...”




sexta-feira, 20 de abril de 2012

A tão sonhada hora... (que veio antes)

Duas e meia da manhã, acordei passando mal, graças a Deus não foi quando tive a Mariana, senti que a Maria Vitória estava mesmo chegando apesar que os 9 meses não terem sido completados e demorou um pouquinho pra ficha cair. Nessa hora bateu um friozinho na barriga e pensei: “Vamos minha filha, vai começar nossa aventura!” 

Eu estava um pouco tranquila, senti um pouco de dor e cheguei a pensar que ainda levariam horas até que chegasse o grade momento. Avisei meu esposo que estava me sentindo mal, que minha pressão estava alta e que era hora da Maria Vitória chegar mesmo faltando um  1 mês. Acordei a Mari, liguei pros meus pais e fomos para o Madre Cor. 

No caminho me senti bem pior.. Mas, onde estavam as dores que senti  há 17 anos atrás. A barriga estava um pouco endurecida, mas nada me lembrava o meu primeiro parto, que desmaiei e minha pressão subiu que foi uma coisa louca.

Chegamos no hospital as três e quinze. Dei entrada pelo pronto-socorro e fui resolvendo as questões burocráticas enquanto meu esposo estacionava e descia as malas. Nesse momento eu já sentia meio tonta, um tanto quanto incômodas, mas estava suportando bem a dor, caminhando cada vez que elas vinham, respirando fundo e mentalizando meu corpo se abrindo para dar passagem a minha pequena. 

Resolvida a papelada, Dr Silvio a caminho, me encaminharam para um quarto, no pronto-socorro mesmo, para eu aguardar mais a vontade até liberarem o meu apartamento no hospital. Foi quando todo o processo acelerou. Aí sim, eu passei mal de verdade, não cheguei a desmaiar como da primeira vez e a única coisa que eu disse foi: Meu Deus me abençoe!!!



Sim, eu me sentia péssima, mas liguei uma música gostosinha no celular pra me aliviar um pouco.
Dr. Silvio chegou, desci da maca, dei mais algumas tonteiras bem fortes.

Sim, era a hora!! (era e não era) Me posicionei na cama de joelhos, lençóis e travesseiros improvisados para me dar mais conforto. Mais uma força e veio a cabecinha. Fiquei alheia a todo o resto do mundo. Visualizei mentalmente cada movimento que minha pequena faria até deslizar inteira de dentro de mim. “Vem minha princesa, pode vir”... foi uma cesariana, passei mal? Muito! Mas nada sem compara ao parto de Mariana.. 

Nasceu Maria Vitória! 41 cm, 1.998 kg. Prematura, pequenininha, mas, linda, rosadinha,  amparada pelo papai e pelo Dr Silvio e o mais importante abençoada por Deus e cheia de saúde. Foi colocada num travesseiro e enroladinha numa toalha, calminha, sem choro e encaminha para encubadora para ficar ás 48h... “Seja bem vinda pequenina”... 
E lá estávamos nós, juntas, ofegantes, cercadas de amor, recém-nascidas. Eu como mãe novamente e ela como minha filha. 

Papai cortou o cordão, Mariana bateu a foto... Não deu tempo da tia Kelly chegar para registrar tudo, mas todas as lembranças ficarão eternizadas em nossos corações. 
Aprendi que a dor faz parte, mas não significa sofrimento. Tive o privilégio de viver um momento mágico, único, verdadeiramente abençoado... Nada como planejei, mas foi assim.. E tudo foi tranquilo.


Seis dias depois, ainda em êxtase, só tenho a agradecer. Primeiramente a Deus que concedeu o desejo do meu coração, a minha filha que me ensinou a ser mãe, ao meu esposo que me apoiou incondicionalmente, me dando força em todos os momentos, o Dr Silvio, anjo que Deus colocou no meu caminho e a Kelly, minha doula, por toda orientação, conversas, fotos e paciência!! rsrsrs 
Se eu pudesse fazer alguma coisa diferente? Teria feito tudo exatamente igual!

sábado, 14 de abril de 2012

Coisas que não me disseram sobre a maternidade: O amor!

Quando a gente engravida, não faltam pessoas e mais pessoas contando mil coisas de como é a maternidade. De fato muitas coisas são verdade, mas a maioria você aprende sozinha. Umas mais fáceis outras bem doloridas. Das milhares separei algumas aqui para dividir com futuras mamães e saber das mais experientes, o que ainda me espera!
Para começar, pensei em começar falando do mais misterioso de todos os sentimentos: o amor!
Amor de mãe é amor de mãe! Juro gente! E até hoje não conheço nada parecido. Muitas pessoas me perguntam que diacho é esse amor de mãe que todo mundo fala . É de fato não acredito que exista algo para comparar, só sabe quem sente.
E acredito que é justamente por conta deste amor monstruoso (no sentido da grandeza) que as escolhas maternas se tornam tão difíceis. Mais difícil ainda é julgar essas escolhas. Quer um exemplo? A mãe que escolhe ficar em casa para cuidar dos filhos é por amor. Se ela escolhe trabalhar fora também é por amor. E quem pode dizer o que é certo ou errado em escolhas baseadas em amor?
Esse mesmo amor é responsável por toda aquela coragem e força que sentimos a partir do momento que sabemos do resultado do teste de gravidez. Meio aquilo de mãe leoa sabe? Um sentimento instintivo de proteção e cuidado que nos acompanha e se fortalece a cada dia, a cada sorriso banguela, a cada passinho, cada conquista.
Sabe aquela coisa que faz das mães pagarem mico na rua? Chorarem nas apresentações na escola? Tirarem mil fotos uma atrás da outra? Falarem sobre os filhos por horas seguidas? É este amor que faz isso.
E é este amor também responsável pelos nossos sorrisos e lágrimas. Sorrisos por nada muitas vezes. E mãe precisa de motivo para sorrir? Ser mãe já basta, preenche e transborda. E lágrimas sim, afinal vivemos em um mundo que é muitas vezes cruel com nossos filhos e isso dói muito mais do que se fosse com a gente, concorda?
Enfim, por mais que me dissessem, eu perguntasse ou tentasse imaginar não entendia e nem conhecia a dimensão desse sentimento, nem a força que ele possui até a chegada da maternidade.


domingo, 8 de abril de 2012

Nem tudo são flores...

Ontem vou dizer que foi uns dos piores dia da vida! Minha filha, Mariana passou mal de uma forma que nunca havia acontecido aqui em nossa casa... Ela estava deitada e desde cedo reclamando pra mim que estava com cabeça pesada e dolorida. Eu já fiquei super preocupada. Dei a ela um remedinho e depois ela disse que essa dorzinha que a estava incomodando havia passado... Já me tranquilizei! Mas mesmo assim continuou deitada. E eu, sempre indo no seu quarto ver como ela estava. 

Até que eu a chamei pra me ajudar com jantar na cozinha, gritei: Mari vem cá na cozinha um pouco.. quando lá de baixo na cozinha, ouvi um barulhão vindo lá de cima. Algo parecido que quando algo cai com muita força no chão.. Eu, não podendo correr pra lá e pra cá  como esse barrigão gritei o meu esposo e disse: Ronaldo, vá no quarto da Mari e veja o que  aconteceu.. Da cozinha eu ouvi ele dizendo: Minha filha, acorda o que aconteceu??? 
Eu já me desesperei toda e fui logo lá pra cima ver o que estava acontecendo.

A  Mari tinha batido a cabeça no chão e estava desacorda.. Gente, meu mundo desabou!!! Meu Deus, o que houve com a minha filha??? Minha única reação foi começar a chorar e o Ronaldo me dizendo: Elisa, se acalma você não pode ficar nervosa.. mas era impossível não ficar!!!

Ele pegou a Mari nos braços e eu já desci lá pra baixo e já fui ligando o carro e seguimos com a Mari para o MadreCor.. e nada dela acordar, e eu e meu esposo cada vez mais assustados.. Chegamos no MadreCor e já dei entrada diretamente pra Mari ser atendida. O médico já veio em seguida e disse o que aconteceu com a moçinha??? 

Eu contei que ela bateu a cabeça e desmaiou, ele já levou pra ser examinada e disse: olha ela deu um pancada bem forte na cabeça por isso não acordou até agora. E eu mais que depressa mais ela vai acordar né Doutor??? ele disse: Sim, dona Elisa! mas não sei te dizer quando.. pode ser da 1 minuto, 2, 5, 1 hora, enfim... Nesse momento meu mundo foi ao chão! O médico disse vou colocá-la no soro e deixar a senhora aqui com ela..
Meia hora depois eu escuto a voz dela bem baixinha, dizendo: Mãe, aonde a gente tá??? 

Quando escutei a Mari dizendo isso, ai foi como anjos cantando no meu ouvido!!! Aí contei o que tinha acontecido.. E perguntei você se lembra de alguma coisa filha??? E disse: lembro que eu estava deitada na cama e ia descer lá pra baixo na cozinha e que vi tudo escuro, só isso mais nada... 

Chamei médico ele a aplicou duas injeções e disse que tinha que passar mais umas 3 horinhas tomando o soro e que no dia seguinte poderia voltar pra casa. Agora já estamos em casa novamente, felizes!!! a Mari tem que ficar de repouso por enquanto.. Mas, o grande susto já passou. E que susto foi esse!!! E tudo que a mamãe aqui tem feito é encher de beijinhos essa cabeça dodói.




quarta-feira, 4 de abril de 2012

Por que Maria Vitória???

A escolha do nome de um filho nem sempre é uma tarefa fácil. Penso que é a primeira grande responsabilidade dos pais. A criança vai carregá-lo para o resto da vida. Sempre me preocupei com o significado do nome. As possibilidades de apelidos. Essas coisas...

Logo que engravidei, ansiosa que sou, já comecei a pensar em possíveis nomes para meninos e meninas. Meu esposo, mais tranquilo, sempre preferiu deixar essa tarefa para quando soubéssemos o sexo do bebê. O pouco que conversávamos a este respeito só nos mostrava que não seria nada fácil chegarmos a um senso comum. O pai gostava de um, eu gostava de outro que nem de longe agradava o pai e assim nada fluía.

Para menina, eu tinha Maria Vitória como minha primeiríssima opção. Mas por que Maria Vitória? Eu nunca havia parado para pensar neste nome, até um dia em que estava vendo o álbum de fotos da sobrinha de uma amiga, uma menininha linda, sapeca e sorridente, chamada Maria Vitória. Seu nome aparecia escrito em letra cursiva em várias paginas e cada vez que eu lia e pronunciava achava tão meigo e delicado. Gostei da sonoridade. Gostei por ser um nome simples. Sereno.

Curiosa que sou, resolvi então procurar o significado do nome. Ahhh!!! Foi aí que este nominho entrou de vez em meu coração.

Maria Vitória

Origem: Latim

Significado: Consagrada a Deus (bíblico) e indica uma pessoa extremamente ativa, que, graças à sua persistência e à sua força de vontade, sempre alcança os objetivos a que se propõe. Outra das suas virtudes é a capacidade de planejar tudo com muito cuidado. Aquela que vence. 

Do germanico: Mulher feliz e vitoriosa.

Quando descobrimos que era uma menininha eu só conseguia pensar no nome Maria Vitória, mas esta não era uma escolha só minha. Meu esposo as vezes sugeria alguns outros que logo eram descartados. Dentre os nomes que conversamos, ele pensava em Pietra ou Alícia. Estes ficaram por mais tempo na nossa sessão de possibilidades. Nomes que me agradam muito e quem sabe um dia se tivermos uma outra filha... 

O dia da decisão:


Estávamos em Brasília, fomos visitar os pais do Ronaldo e fazer as compras do enxoval. Eu chegando no final do quarto mês de gestação. Logo que acordamos, o assunto do nome surgiu. Falei do meu anseio em começar a chamar minha pequenina pelo nome. Ele, ainda pensativo, me questionou pela enésima vez quais as razões da minha escolha.

Pacientemente contei mais uma vez sobre como este nome havia tocado meu coração e ele confessou que também gostava muito e que nossa menininha se chamaria Maria Vitória. 

E foi assim que a abençoamos com seu nome... desejando grandemente que nossa pequena, já desde o ventre,consagrada ao Senhor, seja a mulher mais feliz deste mundo.